Vettel em uma montanha russa de emoções

Foi por um longo caminho de altos e baixos que Sebastian Vettel “viajou” na temporada 2010 de Fórmula 1. Uma montanha russa de emoções. Muitas pole positions não foram traduzidas em vitórias, por várias circunstâncias. As colisões com Webber (Turquia) e Button (Bélgica) se transformaram em um prato cheio para a crítica. Finalmente, três vitórias nas últimas quatro corridas (só não venceu na Coréia pela quebra do motor há 11 voltas do final). E a consagração em Abu Dhabi.

Momentos marcantes da temporada 2010 de Sebastian Vettel

Nas duas primeiras corridas da temporada, Vettel foi prejudicado por problemas técnicos. Na Malásia, estava pronto com a primeira vitória.

No GP da Turquia a colisão dos “touros vermelhos” causou desconforto. “Infelizmente não consegui ultrapassar. Não havia espaço suficiente”.

Nas ruas de Valência Vettel venceu sua segunda corrida na temporada.

Na Hungria, o safety car: "Foi uma pena. Tivemos um fim de semana dominante e tínhamos a corrida sob controle. Veio o safety no momento em que eu havia deixado muito espaço para Mark. Claro que eu conhecia as regras mas naquela hora não as tinha em tela. A equipe não me disse nada. Os momentos no pódio ainda estão frescos na minha memória. Fui lá e simplesmente não consegui sorrir. "

Após as férias de verão, no circuito de Spa-Francorchamps, Bélgica, o pior momento da temporada. Durante uma ultrapassagem Vettel perde o controle do carro e atinge Jenson Button”. “Na tentativa de ultrapassagem fiquei surpreso com a reação do Button. Foi como se jogasse um obstáculo na frente do meu carro. Minha reação natural foi frear. Eu perdi o carro. Sinto muito pelo Button. Mas não considero um erro grave”.

Em Monza começou a reação, os caminhos voltaram a se abrir para Sebastian. Em uma estratégia ousada, a equipe optou em realizar a troca obrigatória de pneus somente na última volta. Deu certo: conquistou o quarto lugar, quando o normal seria o oitavo. Marcou 8 pontos a mais, que no final, fizeram a diferença.

Em Suzuka, momento de extrema alegria para o Seb. Pela primeira vez venceu o mesmo GP em dois anos consecutivos. Começava aí a arrancada.

Na Coréia, tristeza. Faltando 11 voltas para o final da corrida, o motor de seu Red Bull explodiu. Vitória e liderança do campeonato desapareceram em questão de segundos. “Foi um golpe duro.”

No Brasil Seb  apareceu pela primeira vez de boné vermelho, com chifres de touro. Presente de um fã, em Monza: “Eu lhe disse: estarei com ele em minha próxima vitória”.  Em Suzuka não havia permissão para usar o chapéu. Seb, então, o estreou no padock de Interlagos, após vencer a corrida: “Eu sabia que precisava vencer as duas últimas corridas. Este foi o primeiro passo para a conquista do título”.

A vitória no Brasil foi seguida pelo triunfo em Abu Dhabi: "O segundo passo para o título foi quando cruzei a linha de chegada. Eu sabia que tinha vencido a corrida e precisava aceitar o fato de que poderia ter perdido o campeonato. Esperei meu engenheiro e ele disse: “'Ok, agora devemos aguardar os outros carros”. E de repente ele gritou: "Campeão do Mundo. Neste momento o mundo parou de girar para mim. Eu tinha que trazer carro de volta até o parque fechado e não faço ideia de como o fiz”.

 A partir daí o mais jovem campeão de F1 da história é festejado em todos os cantos do planeta.

 Fonte: Motorsport-total.com